domingo, 30 de janeiro de 2011

A Peste pt. 2

(Recomendamos a leitura da primeira parte antes: http://chaosprotocol.blogspot.com/2011/01/peste-pt-1.html )


Notícia retirada da FOLHA DE SÃO PAULO, jornal de São Paulo – Brasil.


Dia 31/01/2010


“Nenhuma tragédia fica na frente das centenas de mortes que chocaram o país nos ultimos três dias. Totalizando 230 mortes que vão de desde casos de dengue hemorrágica até paradas cardíacas em pacientes sem tendência alguma ao risco de sofrerem tal fatalidade.

Multirões estão sendo montados nas capitais com ajuda dos governos municipais e estaduais. Em nota ao nosso jornal, o presidente da iniciativa CURA, como assim foi chamado o projeto de montar os multirões, anunciou que as pessoas com doenças contagiosas seriam tratadas com mais urgência e que nada poderia ser feito pelos casos de mortes fulminantes.

Grupos de passeatas se mobilizaram para reclamar por investimentos na área da saúde numa busca por uma explicação para a calamidade de doenças que cobriu o mundo em três dias.”


Notas retiradas do diário de JOHN HUSKOWSKI, médico russo participante do projeto средство.


Dia 01/02/2010


“Nada faz sentido.

Perdemos as esperanças nos estudos sobre possíveis mutações nos vírus e bactérias que mais abateram o mundo com suas respectivas doenças, nada mudou no mundo microbiológico.

Também não achamos nada que possa causar o surto de ataques cardiacos e hemorragias internas espontâneas que está mantando pessoas de todas as idades. Parece que todo o nosso conhecimento de ciência está errado e chegou a hora de redescobrir a medicina.

Temo que talvez tenha chegado a hora de redescobrir ou redefinir a palavra “doença”.


Notícia retirada do LE OSSERVATORE ROMANO, jornal do Vaticano.


Dia 02/02/2010

“Papa reza missa em homenagem aos falecidos de todo o mundo e pede a Deus que pare com a praga que abateu nossas moradas. Emocionado, ele fez preces para que o mundo se juntasse em combate ao mal misterioso que todo o planeta está enfrentando.”


Notas retiradas do diário de LEONEL BORZOI, estudioso.

Dia 03/02/2010


“Senti dores de cabeça o dia todo e temo estar próximo de sofrer alguma parada cardíaca fulminante e acabar como mais um número nas estatísticas assustadoras de mortes dos jornais mundiais.

Se alguém ler isso, nos perdoe, nós tentamos, mas não existe explicação para o que está acontecendo. Não há formações estranhas nos céus e nem nos mares. Os animais e as plantas permanecem com suas vidas inalteradas e nós, seres humanos, estamos enfrentando uma peste muito maior do que a peste negra que abateu nossos antepassados na idade média. Essa sim deveria se chamar de peste negra.

(…)

Não sei mais se prefiro morrer estudando uma possível causa para isso, minhas esperanças já cansaram e minha vista também, de um modo ou de outro, nos perdoe.”


continua...

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